sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

O que acontecerá se o Grande Líder apertar o Botão Nuclear


O que acontecerá se o Grande Líder apertar o Botão Nuclear

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No final de ano o Grande Líder da Melhor Coréia fez seu discurso tradicional, com direito a todo tipo de bravata de um ditador de 5ª categoria e um vilão de história em quadrinhos. Ameaçou os Estados Unidos, dizendo que tinha em sua mesa um “botão nuclear”, que traria devastação aos ianques imperialistas norte-americanos do norte. 
Donald Trump, aquela seção de comentários de portal que assumiu forma humana e virou presidente dos EUA, respondeu na mesma moeda, dizendo que ele também tem um botão nuclear e “o meu é maior e funciona”. Não, não estou exagerando.
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Vamos aos fatos: Trump não tem um botão nuclear. Ele tem uma valise com rádios e livros de códigos com planos de ataque. Ele precisa se comunicar com os comandantes ou com as unidades, selecionar um plano de ataque, e ainda é preciso a confirmação do secretário de Defesa.
Teoricamente o SecDef não tem poder de veto: a função dele é autenticar que o presidente é o presidente mas, na prática, se ele não falar nada, não tem lançamento.
Trump não lança nada automaticamente da maleta: ele depende da concordância de todos os outros na cadeia de comando, algo que oficialmente ninguém questiona mas do mesmo jeito nenhum soldado, por mais treinado que seja, prosseguiria com um ataque não-provocado contra o Canadá por exemplo.
Esse processo todo pode levar vários minutos, foi projetado para ser mais rápido que um ataque soviético, algo entre 16 e 25 minutos.
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Já o Grande Líder, mesmo que não tenha tanta burocracia, não tem essa agilidade, e a questão é técnica: os mísseis americanos usam combustível sólido. É ruim, é perigoso, exige manutenção, com o tempo o combustível pode sofrer fraturas e comprometer o míssil, e aí são meses na retífica. O lado bom é que eles podem ser disparados com alguns minutos de antecedência, se estiverem em prontidão.
A Melhor Coréia usa mísseis com combustível líquido. É bem mais fácil de gerenciar esse tipo de foguete: mudanças de trajetória e performance podem ser compensadas, e é bem mais seguro transportar mísseis em TELs (Transporter Erector Launcher) como o da foto acima se o míssil estiver vazio.
Por outro lado abastecer um míssil pode levar horas, até dias se você não souber o que está fazendo. Um míssil móvel precisa ser informado de onde está sendo lançado, o que aumenta o tempo de preparação.
Muito, muito provavelmente o botão da mesa do Grande Líder é igual ao botão que o Trump realmente tem em sua mesa: um que ao ser apertado chama um copeiro com uma Diet Coke.
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Entusiasta de tecnologia, tiete de Sagan e Clarke, micreiro, hobbysta de eletrônica pré-pic, analista de sistemas e contínuo high-tech. Cardoso escreve sobre informática desde antes da Internet, tendo publicado mais de 10 livros cobrindo de PDAs e Flash até Linux. Divide seu tempo entre escrever para o MeioBIt e promover seus últimos best-sellers O Buraco da BeatrizCalcinhas no Espaço e Do Tempo Em Que A Pipa do Vovô Subia.

FONTE http://meiobit.com/378190/donald-trump-kju-botao-nuclear-do-grande-lider-coreia-norte/

Psicose induzida por álcool e drogas aumenta o risco de esquizofrenia e transtorno bipolar

Psicose induzida por álcool e drogas aumenta o risco de esquizofrenia e transtorno bipolar

ATUALIZADO em 12 de dezembro de 2017 — A psicose induzida por drogas e álcool, especialmente pela Cannabis sativa, ou maconha, está associada de modo significativo tanto ao transtorno bipolar (TB) quanto à esquizofrenia de início tardio, sugere uma nova pesquisa. Em um estudo dinamarquês feito com quase 6.800 pacientes apresentando quadros psicóticos induzidos por algum tipo de entorpecente, quase um terço dos participantes evoluiu para esquizofrenia ou transtorno bipolar nos 20 anos de acompanhamento.
A proporção da conversão foi ainda maior entre os mais de 1.200 pacientes que apresentaram psicose induzida pela maconha, com quase metade dos participantes comprometidos.
Embora os atos de autoagressão após o quadro psicótico tenham sido significativamente associados a maior risco de conversão tardia em transtorno bipolar e esquizofrenia, a idade mais jovem na época do quadro psicótico foi associada de modo significativo à evolução somente para esquizofrenia.
Carsten Hjorthøj, PhD, do Mental Health Center, Copenhagen University Hospital, na Dinamarca, disse ao Medscape que a mensagem mais importante é a de acompanhar qualquer paciente com psicose induzida por alguma droga "durante um longo período de tempo, talvez até mesmo na ausência de sintomas psicóticos".
Dr. Carsten Hjorthøj
Estes pacientes "têm um risco muito maior de abrir um quadro de doença mental grave, mesmo após a fase aguda e a alta", acrescentou.
"Se os médicos não o puderem fazer, então os pacientes, bem como amigos e familiares, devem ser instruídos a identificar os sinais iniciais da doença mental e a como reagir apropriadamente, o mais cedo possível".
Os resultados foram publicados on-line em 28 de novembro no periódico American Journal of Psychiatry.
Debate sem fim
"Investigar as psicoses induzidas por drogas e ácool é interessante pelo pouco que sabemos a esse respeito – menos ainda do que você possa imaginar", disse Hjorthøj.
"Além disso, a potencial relação etiológica entre o uso dessas substâncias e a deflagração tardia da doença mental grave é mal compreendida; a existência ou não de alguma relação de causalidade é o cerne de um debate infindo. Este estudo tem o potencial de ser um elo importante nesta discussão".
O pesquisador acrescentou que, dado o aumento na incidência dos quadros de psicose induzida por entorpecentes, especialmente pelo uso de maconha, é importante determinar se existem efeitos tardios.
"Isso poderia, sem dúvida, ser ainda mais importante em um mundo em que vemos uma tendência crescente de legalização ou descriminalização do consumo da maconha", disse Hjorthøj.
Além disso, "uma compreensão melhor de quais outros fatores possam determinar essa relação irá nos ajudar a descobrir o que fazer, em termos de prevenção direcionada e de acompanhamento personalizado".
Os pesquisadores examinaram os dados do Danish Civil Registration System e do Psychiatric Central Research Register de 6.788 pacientes (75% homens) diagnosticados entre 1994 e 2014 com psicose induzida por drogas e álcool. Os pacientes com diagnóstico anterior de transtorno bipolar ou transtornos do espectro da esquizofrenia foram excluídos do estudo.
Incidência expressiva de conversão
A psicose induzida pelo álcool foi o diagnóstico mais comum (N = 1.680), seguida pela psicose induzida pela mistura de entorpecentes ou por outras substâncias (N = 1.405) e pela maconha (N = 1.222).
Curiosamente, a média de idade ao início da psicose deflagrada por álcool, opioides ou sedativos foi acima dos 45 anos. A média de idade foi de 30 anos ou menos nos casos de psicose causada por maconha, anfetaminas, alucinógenos, cocaína e "outras substâncias".
Depois de um episódio psicótico induzido por alguma substância química, os índices de conversão ao longo de 20 anos de acompanhamento foram:
  • 32,2% tanto para a esquizofrenia quanto para o transtorno bipolar (intervalo de confiança, IC, de 95%, de 29,7 a 34,9)
  • 26,0% para a esquizofrenia isolada (IC de 95%, de 23,7 a 28,9)
  • 8,4% para apenas o transtorno bipolar isolado (IC de 95%, de 7,4 a 9,5)
O mais alto índice de conversão para esquizofrenia ou transtorno bipolar, ou para esquizofrenia isolada, foi o da psicose induzida pela maconha (47,4% e 41,2%, respectivamente).
A tabela a seguir mostra os índices de conversão dos outros tipos de substâncias químicas.
Tabela. Incidência de conversão para esquizofrenia ou transtorno bipolar após quadro de psicose induzida por substâncias químicas
SubstânciaIncidência (%)Intervalo de confiança de 95%
Misturas/outras substâncias35,031,8 a 38,3
Anfetaminas32,326,0 a 39,7
Alucinógenos27,819,5 a 38,6
Álcool22,117,6 a 27,5
Opioides20,911,9 a 35,1
Cocaína20,213,7 a 29,3
Sedativos19,912,8 a 30,1

Os pesquisadores também parearam estes pacientes a um grupo de comparação formado de participantes saudáveis. A hazard ratio (HR) de conversão para esquizofrenia entre os pacientes com psicose induzida por substâncias químicas foi de 73,3 vs. o grupo de comparação (IC de 95%, de 65,2 a 91,7; P < 0,001). A HR foi de 24,4 de conversão para transtorno bipolar (IC de 95%, de 20,1 a 29,6; P < 0,001).
A substância associada ao maior risco de conversão para esquizofrenia foi a maconha (HR de 101,7; IC de 95%, de 74,1 a 139,7; P < 0,001). A HR de conversão para transtorno bipolar da maconha foi de 32,5 (IC de 95%, de 21,1 a 50,0; P < 0,001).
Todos os tipos de psicose induzida por drogas, com exceção da psicose relacionada a sedativos, foram significativamente associados a aumento do risco de esquizofrenia e de transtorno bipolar (para todas as comparações, P < 0,001). A psicose induzida por sedativos foi associada à conversão para transtorno bipolar isolado (HR de 33,0).
"Observamos que 50% das conversões para esquizofrenia ocorreram nos 3,1 anos após o episódio de psicose induzida por substâncias químicas, e 50% das conversões para doença bipolar ocorreram em 4,4 anos", escreveram os pesquisadores.
No subgrupo com psicose induzida pela maconha, metade dos homens converteram para esquizofrenia em dois anos, e metade das mulheres converteram em 4,4 anos.
O risco de esquizofrenia diminuiu com o aumento da idade no momento do episódio psicótico induzido por qualquer droga. O maior risco se deu na faixa etária dos 16 aos 25 anos. Este padrão não foi observado na conversão para transtorno bipolar.
HR foi de 1,92 de conversão para esquizofrenia em caso de automutilação após o episódio de psicose (IC de 95%, de 1,58 a 2,34); a HR de conversão para transtorno bipolar foi de 1,60 (IC de 95%, de 1,13 a 2,27).
Necessidade de acompanhamento prolongado
"Com base nos diferentes fatores de risco identificados em diferentes análises, e nos índices globais de conversão de 32,2%, parece bem razoável sugerir que todos os pacientes com psicose induzida por drogas devem ser encaminhados para acompanhamento", escreveram os pesquisadores.
Os autores acrescentam que este período de acompanhamento deverá ser de pelo menos dois anos, mas que um acompanhamento mais prolongado pode evitar casos de automutilação.
"Na Dinamarca os pacientes são encaminhados para acompanhamento após a automutilação, mas não depois de um episódio de psicose induzida por álcool e drogas", escrevem.
No estudo, "a magnitude do problema da conversão foi um tanto surpreendente", acrescentou Hjorthøj.
"A psicose induzida por substâncias entorpecentes claramente não é um quadro inofensivo quando cerca de um terço de todos os casos mais tarde evolui para esquizofrenia ou transtorno bipolar".
O pesquisador observou ter ficado surpreso ao não encontrar nenhum grupo de risco com risco claramente baixo de conversão, "razão pela qual concluímos que todos os pacientes com psicose induzida por álcool e drogas devem ser monitorados de perto".
Acompanhamento por até 15 anos?
Convidado a comentar, O Dr. Michael E. Thase, médico e professor de psiquiatria da University of Pennsylvania Perelman School of Medicine, na Filadélfia, disse ao Medscape que, embora o estudo seja interessante, as conclusões dele não causam surpresa – especialmente porque "grande parte disso já foi descrito anteriormente".
"Quando alguém está doente, nunca sabemos ao certo o que vai acontecer", disse o Dr. Thase. Portanto, o comentarista concordou com os pesquisadores que o acompanhamento é importante para estes pacientes.
"Eu também me voltaria para os pais, porque todas as pessoas com alguma dessas doenças têm família e/ou entes queridos", disse Dr. Thase.
"Se o seu filho aparecer com um quadro de psicose aguda no contexto do uso de drogas, até mesmo a hipótese diagnóstica inicial tem valor relativo. O acompanhamento atento é importante, como o é estar aberto à possibilidade de que as coisas possam ser melhores do que o que foi considerado inicialmente".
O comentarista acrescentou que o acompanhamento deve ser feito por períodos mais longos do que o habitual.
"Me parece que estes adultos devem ser acompanhados durante cinco, oito, 10 ou 15 anos antes de você realmente ter mais certeza de qual é a verdade".
Dr. Thase também observou que pesquisas anteriores mostraram a associação entre a esquizofrenia e uso da maconha, assim os resultados do novo estudo sobre o tema não chamaram especialmente a atenção dos especialistas.
"Isso já é conhecido há cerca de 10 anos. Pessoalmente, acredito que como a maconha é um alucinógeno fraco, quando o uso dela deflagra um quadro psicótico, o mais provável é que o paciente seja propenso à psicose. Como não é uma droga pesada, se exercer esse tipo de efeito debilitante provavelmente você é mais vulnerável", disse Dr. Thase.
Hjorthøj e um dos dois outros autores do estudo informaram não possuir conflitos de interesse relativos ao tema. O outro autor recebeu uma bolsa de pesquisa de graduação da Lundbeck Foundation pelo trabalho descrito no artigo.
Am J Psychiatry. Publicado on-line em 28 de novembro de 2017. Resumo

Não é preciso ter religião para ser contra o aborto, confirma Data Folha

Não é preciso ter religião para ser contra o aborto, confirma Data Folha

Entre os que se identificam como “sem religião ou agnósticos”, 41% acha que a mulher deve se presa por cometer o crime de aborto; entre os que se identificam como católicos, 35% acha que a mulher deve ser presa.  Os números indicam que posicionamentos relacionados a questão do aborto são independentes da pessoa ter ou não uma religião, estando baseado no conhecimentos sobre ciência e direitos humanos do nascituro. Entre os que se identificam como ateus, 14% acham que a mulher que comete aborto deve ser presa.

De acordo com a pesquisa:

    42% dos brasileiros acha que aborto não deveria ser permitido em caso de estupro;
    41% dos brasileiros que se identificam “sem religião ou agnósticos” são contra a legalização do aborto.

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Os dados do Data Folha ajudam a desfazer o mito de que a posição contra a legalização do aborto seria baseada em questões religiosas. A presença de ateus, agnósticos, pessoas sem religião e humanistas em grupos pró-vida tem crescido ao redor do mundo, principalmente nas últimas décadas, diante dos avanços científicos que evidenciam, cada vez mais, que a vida inicia na concepção, enfatizando a humanidade do embrião e do feto no período da gestação e por conta dos diversos fracassos da legalização do aborto na proteção de direitos das mulher em diversos países do mundo.

O posicionamento de ateus ou agnósticos sobre a questão é ilustrado por declarações de muitos agnósticos e ateus famosos, como o filósofo ateu Dom Marquis ou o escritor Robert M. Price, autor do livro “Jesus está morto”. Price declarou: “o aborto é um assassinato qualificado”. A jovem Kelsey Hazzard, ateia e ativista pró-vida, ressalta:

    A indústria do aborto quer que você pense que pessoas como eu não existem. Eles gostariam que você acreditasse que o movimento pró-vida é exclusivamente composto de homens brancos e mais velhos.

A doutrinação ideológica é o que mais afeta o debate, já que em muitos países o debate avançou para a situação em que a maior parte dos ativistas “pró-escolha” já admitiram que de fato vida inicia na concepção. Assim, militantes seguem mudando de argumento de tempos em tempos, conforme convém à causa.
FONTE  
http://estudosnacionais.com/aborto/nao-e-preciso-ter-religiao-para-ser-contra-o-aborto-confirma-data-folha/