domingo, 17 de setembro de 2017

O Islamismo é a religião mais perigosa do mundo

“O Islamismo é a religião mais perigosa do mundo”

Em entrevista, o palestino Mosab Hassan Yousef conta como virou informante do serviço secreto de Israel e o que sofreu por conta disso




O palestino Mosab Hassan Yousef tinha 18 anos quando virou informante do serviço secreto de Israel, o Shin Bet, após ser preso por porte de armas. Sua intenção era se fingir de colaborador para se vingar dos “inimigos”. Hoje, aos 32, ele dá graças a Deus por ter mudado de idéia — e se tornado um espião do país que odiara. Convertido ao cristianismo, por uma década repassou informações que culminaram na prisão ou morte de líderes palestinos e evitaram o assassinato de israelenses, entre eles o atual presidente de Israel, Shimon Peres. Isso só foi possível porque Yousef é filho de um dos sete fundadores do grupo extremista islâmico Hamas, o xeque Hassan Yousef, que atua na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e é conhecido pelos atentados suicidas. Nesta entrevista à ISTOÉ, por email, ele fala sobre sua traição —  revelada no livro “Filho do Hamas” (Sextante), que chega ao Brasil após causar polêmica no mundo todo —, bate pesado no Islamismo e diz que revelou sua identidade para mostrar a seus conterrâneos que a liberdade é possível. 
 Yousef vive na Califórnia, Estados Unidos, mas espera um dia voltar ao Oriente Médio onde, provavelmente, seria assassinado. Foi ameaçado de morte pelo Hamas e renegado pelo pai, que está na cadeia. Mas ele acha que está cumprindo sua missão de alertar os compatriotas: o Islamismo é “a maior mentira da História.”  “Eu já quis matar judeus, mas me orgulho de dizer que hoje meus melhores amigos são judeus”, contou. Combater o que chama de “ideologia do ódio” seria fundamental para o sucesso de qualquer projeto de paz na região: “O Deus do Islã representa ódio e tortura. Ele ordena a morte de todos os que não acreditam nele”. Para Yousef, nem a criação de um Estado palestino nos territórios ocupados colocaria fim aos conflitos.
ISTOÉ — Por que decidiu revelar sua identidade de informante?
Mosab Hassan Yousef —
Primeiramente, para mostrar a verdade. Sou um insider dos dois lados: dos palestinos que tomam as decisões e de israelenses influentes do Shin Bet. Quero compartilhar com o mundo o que ele não lê no noticiário. Em segundo lugar, porque palestinos e israelenses são prisioneiros de sua própria vergonha, culpa e medo. Ao dizer a verdade, eu enfrentei esses inimigos, mostrei ao meu povo e também aos israelenses que a vergonha, a culpa e o medo não podem nos impedir de dizer a verdade e, assim, conquistar a liberdade.

ISTOÉ — O sr. diz em seu livro que poucos ocidentais entendem a complexidade dos conflitos no Oriente Médio. Qual é a realidade, então?
Yousef —
O Islã é a maior mentira da História. É uma mentira perfeita, envolvida em camadas de verdade, alguns fatos e uma moral. Os ocidentais não entendem que o conflito no Oriente Médio é ideológico. É um conflito entre a ideologia do ódio e a ideologia do amor, entre dois deuses. Cada pessoa precisa primeiramente resolver esse conflito dentro de seu próprio coração para, então, resolvê-lo na prática. A comunidade internacional pode tentar forçar várias soluções para os dois lados, mas não tenho certeza de que ela possa levar uma paz duradoura à região.

ISTOÉ — Por quê?
Yousef —
O Islã significa submissão. Eu considero o Islamismo a religião mais perigosa do mundo. O deus do Islã representa ódio e tortura. Ele ordena a morte de todos os que não acreditam nele. As maiores vítimas das leis islâmicas são os próprios muçulmanos. Eles estão buscando justiça e felicidade para a humanidade através de ensinamentos maus e errados. A religião, em geral, não trará felicidade às pessoas. Só a graça de Deus pode fazer isso.

ISTOÉ — Mas também há críticas às religiões cristãs…
Yousef —
O maior exemplo é Jesus Cristo. Meu foco é nele, não no cristianismo em si nem nas diferentes interpretações da “Bíblia”. Jesus nos ensinou a amar até os inimigos.

ISTOÉ — Qual é o papel de Israel no conflito? Recentemente, por exemplo, o país atacou um navio de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.
Yousef —
Sou contra qualquer tipo de agressão, mas eu compreendo a necessidade de certas medidas. Como é de costume, os israelenses culparam os palestinos, e os palestinos culparam os israelenses. Não apoio a morte de nenhum ser humano, mas acredito que Israel tem o direito de não permitir que o Hamas e o Irã tenham um porto no mar Mediterrâneo, para poder ameaçar toda a região. As crianças palestinas estão, sim, pagando o preço desse cerco à Faixa de Gaza, mas eu culpo a liderança do Hamas ali, que se preocupa mais com a destruição de Israel do que com seu próprio povo. O problema humanitário é grave e precisa ser resolvido de forma inteligente, mas ninguém quer arriscar dar o controle do Mediterrâneo ao Irã.

ISTOÉ — Que países mais patrocinam o terrorismo?
Yousef —
Todo o reino de Alá ou, em outras palavras, o reino do mal, da ignorância, da vergonha, da culpa e do medo. Seu reino tem diferentes faces. O problema não é o regime político especificamente. O problema e sua solução têm a ver com o que inspira esses regimes.

ISTOÉ — O que acha do programa nuclear do Irã?
Yousef —
Qualquer país que adote a ideologia islâmica e Alá como deus não pode ter acesso à energia nuclear, porque, do contrário, a humanidade pagará caro por tal erro.

ISTOÉ — O mundo tem razões para temer os muçulmanos?
Yousef —
Os Estados Unidos e todos os países podem ter uma ou algumas razões para temer os muçulmanos, mas eles têm todas as razões para temer o Islã. O Islã é o problema, não os muçulmanos. Os mulçumanos são um povo bom. Tem mais moral do que o deus deles.

ISTOÉ — Israel um dia conseguirá um acordo de paz com o Hamas e outros grupos extremistas?
Yousef —
A pergunta mais importante é: Será que o deus deles permitirá um acordo de paz? Precisamos conhecer os limites de cada uma das partes antes de criar expectativas. Se o limite é uma barreira ideológica, então precisamos saber o que é ensinado para as novas gerações nas escolas islâmicas, usando o dinheiro da Organização das Nações Unidas (ONU). Ensinam ódio ou amor? Estão desperdiçando o dinheiro em armas ou comida? Se a ONU, os Estados Unidos e a União Européia lideram o projeto de um acordo de paz, por que não forçam a inclusão, no projeto, do ensino do exemplo de Jesus Cristo, de amar os inimigos? Claro que isso é politicamente incorreto. Mas, sem a mensagem de amar nossos inimigos, não terão uma solução adequada.

ISTOÉ — O sr. acredita numa resolução dos conflitos no Oriente Médio?
Yousef —
Sim. Eu já quis matar os judeus um dia, mas, hoje, me orgulho de dizer que meus melhores amigos são judeus. O que impede a solução é a rejeição das pessoas ao exemplo de Deus, de nos amarmos uns aos outros, de perdoar e seguir em frente.

ISTOÉ — Sua vida mudou muito após o lançamento do livro?
Yousef —
Ficou mais difícil especialmente porque fui renegado pelo meu amado pai. Mas, por outro lado, ganhei minha liberdade. Estou curtindo a minha vida.

ISTOÉ — Considera-se um herói, por ter evitado mortes de israelenses?
Yousef —
Não sou um herói, mas acredito que é preciso muita coragem para fazer a coisa certa sob tais circunstâncias. Salvar vidas foi um esforço conjunto de muitos soldados e agentes, eu não tomo o crédito só para mim. Há muitos heróis nessa história. Mas o verdadeiro herói é meu Deus e salvador, que me motivou e inspirou nessa jornada difícil.

ISTOÉ — O sr. sofreu algum tipo de retaliação por expor o serviço de inteligência de Israel?
Yousef —
O Shin Bet fez o impossível: manter minha identidade em segredo, para a minha segurança e para a segurança da agência. Eu fiz o possível para não revelar seus métodos e procedimentos. Eu não acho que eles estejam felizes por eu ter revelado minha identidade, mas eu espero que um dia entendam o que fiz.

ISTOÉ — Pretende retornar ao lugar onde nasceu?
Yousef — Sim, acredito que um dia vou voltar.

FONTE : http://istoe.com.br/93585_O+ISLAMISMO+E+A+RELIGIAO+MAIS+PERIGOSA+DO+MUNDO+/

Preço do combustível de aviação no Brasil é 46% maior do que nos EUA

Preço do combustível de aviação no Brasil é 46% maior do que nos EUA



Divulgação

A aviação comercial brasileira encolheu 5,5% em 2016, quando 7 milhões de pessoas deixaram de voar. Diferentemente de outros setores que, ao primeiro sinal de recessão, promovem demissões e ajustes para minimizar os prejuízos, na aviação a estrutura de custos é tão especializada que as empresas ficam sem margem de manobra para reduzir custos.
"O setor trabalha com ativos muito especializados e mão de obra altamente qualificada", diz o consultor em aviação Adalberto Febeliano. "Quando tem queda de demanda, as empresas não podem sair demitindo e devolvendo avião. Não é simples fazer isso e tem um custo alto. A tendência é segurar ativos e pessoas por mais tempo. Por isso, quando o setor entra em crise, a lucratividade vai lá para baixo. Isso acontece aqui e em qualquer lugar do mundo."
Além de fatores macroeconômicos, o setor é fortemente impactado pela cotação do barril do petróleo, que historicamente representa cerca de 40% dos custos da indústria no Brasil. O preço do litro do combustível no Brasil é um dos mais altos do mundo -custa em média 46% a mais do que nos EUA- e é um dos fatores que mais limitam a redução dos preços das tarifas de voos domésticos no Brasil.
Com a retração de demanda recente, o peso relativo do combustível na estrutura total de custos caiu para 25,5% no ano passado. Mesmo assim, segue bem acima da média de países que, assim como o Brasil, são autossuficientes na produção do combustível. Aqui, apenas de 15% a 20% do combustível é processado fora do país. "O custo relativo do combustível caiu em 2016 só porque os aviões estão voando menos horas, o que reduz a produtividade", completa Febeliano. Como consequência, o peso de arrendamento, manutenção e seguro de aeronaves, que era de 14% entre 2010 e 2012, passou para 22,1% em 2016.


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Imposto variável nos Estados
Até os anos 1980 e 1990, o governo controlava o preço do combustível de forma a estimular viagens e a viabilizar voos para o interior do Brasil. Com a liberalização dos preços, a Petrobras passou a adotar uma política de paridade de importação, com preços que variam de acordo com o mercado internacional, embora mais de 80% do combustível seja produzido internamente. Nos voos domésticos, onde incide também o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), os preços são ainda mais elevados e chegam a custar de 35% a 50% a mais do que em outros países.
Diferentes alíquotas cobradas pelos Estados dificultam o planejamento e geram ineficiências, na medida em que as empresas acabam abastecendo e direcionando voos para Estados onde o produto é mais barato. "Como o combustível é o principal fator de custo, você faz qualquer coisa para tentar reduzir. E as empresas acabam queimando querosene para carregar querosene", afirma Febeliano.
A redução do preço de combustíveis tem impacto direto no estímulo à criação de voos. Quando, em abril de 2013, o governo do Distrito Federal reduziu o imposto do querosene de aviação de 25% para 12%, em três meses foram criados 90 voos saindo do aeroporto de Brasília. Passado um ano, o crescimento foi de 206 novos voos e rotas.
O ICMS varia de 12% a 25%, dependendo do Estado. Soma-se a isso mais 7% de PIS e Cofins -o que dá um custo médio de impostos sobre combustível da ordem de 22%.
Para tentar acabar com essa guerra fiscal, está em tramitação no Senado Federal um projeto de resolução que fixa a alíquota máxima para a cobrança do ICMS para voos domésticos em 12%.
Em 2010, um estudo da consultoria McKinsey&Company, feito para o BNDES e que serviu para informar o programa de concessão de aeroportos, mostrava que reduzir e unificar as alíquotas de ICMS, com a eliminação de custos evitáveis, como os gargalos aeroportuários, representaria uma diminuição de até 10% no preço das tarifas por quilômetro voado.
Boa parte dos gargalos aeroportuários foi solucionada com aumentos de pátio e de terminais nos aeroportos concedidos à iniciativa privada a partir de 2013, embora os custos para as empresas tenham aumentado. Mesmo que as principais tarifas aeroportuárias sejam reguladas pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), os aeroportos são livres para praticar preços de aluguéis e cobrar por outros serviços.
De 2012 a 2014, o aumento acumulado dos valores de áreas operacionais nos aeroportos concedidos à iniciativa privada passa de 180%, em média, segundo a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas). Já nos serviços de movimentação de cargas e manutenções, os reajustes ultrapassaram 360%.


FONTE ;http://estudio.folha.uol.com.br/brasil-que-voa/2017/05/1886629-preco-do-combustivel-de-aviacao-no-brasil-e-46-maior-do-que-nos-eua.shtml?ABEAR

Embaixadora dos EUA diz que ONU esgotou suas opções sobre Pyongyang

Embaixadora dos EUA diz que ONU esgotou suas opções sobre Pyongyang


A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, disse neste domingo (17) que o Conselho de Segurança da entidade esgotou as suas opções na contenção do programa nuclear da Coreia do Norte. Com isso, segundo ela, o país norte-americano pode ter de entregar os assuntos relacionados a Pyongyang ao Pentágono.
"Nós esgotamos todas as coisas que poderíamos fazer no Conselho de Segurança neste momento", disse Haley ao "State of the Union" da CNN, acrescentando que estava "perfeitamente feliz" em entregar o caso ao secretário de Defesa dos EUA, James Mattis.
De acordo com Haley, os EUA estão tentando "todas as possibilidades" por um diálogo com o ditador Kim Jong-un. Ela ressaltou, entretanto, que também há "muitas opções militares na mesa".
Na quinta-feira (14), a Coreia do Norte voltou a desafiar a comunidade internacional ao lançar novo míssil que sobrevoou o Japão. O teste aconteceu dias após a ONU impor novas sanções a Pyongyang, que proíbem as exportações têxteis norte-coreanas e restringem o seu abastecimento em petróleo e gás.
Foi o último de uma série de disparos que o regime norte-coreano vem realizando desde julho, quando o país testou mísseis intercontinentais.
Nesta semana, a Coreia do Norte deve ser assunto na Assembleia Geral da ONU, que conta com a participação de diversos chefes de Estado.
No sábado (16), o embaixador da China em Washington disse que os EUA devem parar de ameaçar a Coreia do Norte e "fazer mais" pelo diálogo.
KUAIT
O Kuait deu o prazo de um mês para que o embaixador norte-coreano deixe o país, segundo a agência de notícias France Presse citando um diplomata kuaitiano que não quis ser identificado.
Além da redução da representação diplomática, o Kuait decidiu suspender a entrega de vistos a cidadãos da Coreia do Norte. Hoje, entre 2.000 e 2.500 norte-coreanos trabalham no país, segundo o mesmo diplomata.
Eles terão de deixar o país quando o projeto, para o qual foram contratados, chegar ao fim.
A medida surge dez dias após conversas entre o emir do Kuait, Sabah al-Ahmad al-Jaber al-Sabah, e o presidente dos EUA, Donald Trump.

Editoria de Arte/Folhapress

FONTE :http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2017/09/1919300-embaixadora-dos-eua-diz-que-onu-esgotou-opcoes-sobre-coreia-do-norte.shtml

General do Exército ameaça 'impor solução' para crise política no país

General do Exército ameaça 'impor solução' para crise política no país


Divulgação/Exército Brasileiro
General Antônio Hamilton Martins Mourão
General Antônio Hamilton Martins Mourão

Um general da ativa no Exército, Antonio Hamilton Mourão, secretário de economia e finanças da Força, afirmou, em palestra promovida pela maçonaria em Brasília na última sexta-feira (15), que seus "companheiros do Alto Comando do Exército" entendem que uma "intervenção militar" poderá ser adotada se o Judiciário "não solucionar o problema político", em referência à corrupção de políticos.
Mourão disse que poderá chegar um momento em que os militares terão que "impor isso" [ação militar] e que essa "imposição não será fácil". Segundo ele, seus "companheiros" do Alto Comando do Exército avaliam que ainda não é o momento para a ação, mas ela poderá ocorrer após "aproximações sucessivas".
"Até chegar o momento em que ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso."
O general afirmou ainda: "Então, se tiver que haver, haverá [ação militar]. Mas hoje nós consideramos que as aproximações sucessivas terão que ser feitas". Segundo o general, o Exército teria "planejamentos muito bem feitos" sobre o assunto, mas não os detalhou.
Natural de Porto Alegre (RS) e no Exército desde 1972, o general é o mesmo que, em outubro de 2015, foi exonerado do Comando Militar do Sul, em Porto Alegre, pelo comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, e transferido para Brasília, em tese para um cargo burocrático sem comando sobre tropas armadas, após fazer críticas ao governo de Dilma Rousseff. Um oficial sob seu comando também fez na época uma homenagem póstuma ao coronel Brilhante Ustra, acusado de inúmeros crimes de tortura e assassinatos na ditadura militar.
A palestra de sexta-feira (15) foi promovida por uma loja maçônica de Brasília e acompanhada por integrantes do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, entre outros. Segundo o vídeo de duas horas e 20 minutos que registra o evento, postado na internet, Mourão foi apresentado no evento como "irmão", isto é, membro da maçonaria do Rio Grande do Sul.
Ele se definiu como "eterno integrante da [comunidade de] inteligência", tendo sido graduado como oficial de inteligência na ESNI (Escola do Serviço Nacional de Informações). Criado após o golpe militar de 64 e extinto em 1990, o SNI era o braço de inteligência do aparato de repressão militar para ajudar a localizar e prender opositores do governo militar, incluindo sindicalistas, estudantes e militantes da esquerda armada.
Um dos organizadores do evento, o "irmão" Manoel Penha, brincou, no início da palestra, que havia outros militares à paisana na plateia, com "seu terninho preto, sua camisa social". Ele afirmou em tom de ironia: "A intervenção que foi pedida, se feita, será feita com muito amor".
Na sua exposição, de quase uma hora, o general criticou a Constituição de 1988, que segundo ele garante muitos direitos para os cidadãos e poucos deveres, atacou a classe política. "Sociedade carente de coesão cívica. A sociedade brasileira está anímica. Ela mal e porcamente se robustece para torcer pela Seleção brasileira ou então sai brigando entre si em qualquer jogo de time de futebol. Crescimento insuficiente e o Estado é partidarizado. O partido assume, ele loteia tudo. Tal ministério é do sicrano, tal do fulano, e aquilo é porteira aberta. Coloca quem ele quer lá dentro e vamos dar um jeito de fabricar dinheiro."
O general respondeu a uma pergunta lida pelos organizadores do evento, segundo a qual "a Constituição Federal de 88 admite uma intervenção constitucional com o emprego das Forças Armadas". Contudo, "intervenção militar" não é prevista em nenhum trecho da Constituição. O artigo 142 da Carta, que costuma ser citado por militantes na internet, fala apenas que as Forças Armadas destinam-se à defesa da Pátria e "à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes [Poderes], da lei e da ordem". O texto, portanto, condiciona uma eventual ação militar a uma iniciativa anterior dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. A pergunta também sugeriu um "fechamento do Congresso".
Na sua resposta, contudo, Mourão não rebateu a afirmação contida na pergunta de que uma "intervenção" seria constitucional e nada falou sobre fechamento do Legislativo. Pelo contrário, elogiou-a como "excelente pergunta".
Em nota neste domingo (17), o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, organização não governamental, disse que vê com "preocupação e estranheza" a sugestão do general de que o Exército poderá "intervir militarmente, caso a situação política não melhore". "Esta declaração é muito grave e ganha conotação oficial na medida em que o General estava fardado e, por isso, representando formalmente o Comando da força terrestre. Ela é ainda mais grave por ter sido emitida pelo Secretário de Economia e Finanças, responsável pelo gerenciamento de recursos da Força e, portanto, soar como chantagem aos Poderes constituídos em um momento de restrição orçamentária."
"O Exército Brasileiro tem pautado sua atuação no cumprimento da lei, buscando ser fator de estabilidade política e institucional. Não é possível, neste delicado quadro, vermos a confiança da população nas Forças Armadas ser abalada por posturas radicais, ainda mais diante da aguda crise de violência que atinge o país", diz a nota.
A Folha procurou na tarde deste domingo (17) o Comando do Exército e o Ministério da Defesa para ouvi-los sobre as declarações do general. Em nota, o Centro de Comunicação Social do Exército informou "que o Exército Brasileiro, por intermédio do seu comandante, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas tem constantemente reafirmado seu compromisso de pautar suas ações com base na legalidade, estabilidade e legitimidade".
A Folha pediu contato com o general Mourão, para que comentasse suas declarações, mas o centro de comunicação social do Exército informou que as respostas serão dadas por meio do órgão. Segundo o jornal "O Estado de S. Paulo", Mourão disse que "não está insuflando nada" e que "não defendeu [intervenção], apenas respondeu a uma pergunta". Porém, logo em seguida o general reiterou que "se ninguém se acertar, terá de haver algum tipo de intervenção, para colocar ordem na casa".
Disse ainda que "não é uma tomada de poder. Não existe nada disso. É simplesmente alguém que coloque as coisas em ordem, e diga: atenção, minha gente vamos nos acertar aqui e deixar as coisas de forma que o país consiga andar e não como estamos. Foi isso que disse, mas as pessoas interpretam as coisas cada uma de sua forma. Os grupos que pedem intervenção é que estão fazendo essa onda em torno desse assunto".
O Ministério da Defesa não havia se manifestado até a conclusão deste texto.
*
A seguir, a íntegra do trecho em que o general falou sobre a "intervenção".
Pergunta: [apresentador lê um papel com a pergunta] "A Constituição Federal de 88 admite uma intervenção constitucional com o emprego das Forças Armadas. Os poderes Executivos [sic] e os Legislativos estão podres, cheio de corruptos, não seria o momento dessa interrupção, [corrigindo] dessa intervenção, quando o presidente da República está sendo denunciado pela segunda vez e só escapou da primeira denúncia por ter 'comprado', entre aspas, membros da Câmara Federal? Observação: fechamento do Congresso, com convocações gerais em 90 dias, sem a participação dos parlamentares envolvidos em qualquer investigação. Gente nova."
Mourão: Excelente pergunta. Primeira coisa, o nosso comandante, desde o começo da crise, ele definiu um tripé pra atuação do Exército. Então eu estou falando aqui da forma como o Exército pensa. Ele se baseou, número um, na legalidade, número dois, na legitimidade que é dada pela característica da instituição e pelo reconhecimento que a instituição tem perante a sociedade. E número três, não ser o Exército um fator de instabilidade, ele manter a estabilidade do país. É óbvio, né, que quando nós olhamos com temor e com tristeza os fatos que estão nos cercando, a gente diz: 'Pô, por que que não vamo derrubar esse troço todo?' Na minha visão, aí a minha visão que coincide com os meus companheiros do Alto Comando do Exército, nós estamos numa situação daquilo que poderíamos lembrar lá da tábua de logaritmos, 'aproximações sucessivas'. Até chegar o momento em que ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso. Agora, qual é o momento para isso? Não existe fórmula de bolo. Nós temos uma terminologia militar que se chama 'o Cabral'. Uma vez que Cabral descobriu o Brasil, quem segue o Cabral descobrirá alguma coisa. Então não tem Cabral, não existe Cabral de revolução, não existe Cabral de intervenção. Nós temos planejamentos, muito bem feitos. Então no presente momento, o que que nós vislumbramos, os Poderes terão que buscar a solução. Se não conseguirem, né, chegará a hora que nós teremos que impor uma solução. E essa imposição ela não será fácil, ele trará problemas, podem ter certeza disso aí. E a minha geração, e isso é uma coisa que os senhores e as senhoras têm que ter consciência, ela é marcada pelos sucessivos ataques que a nossa instituição recebeu, de forma covarde, de forma não coerente com os fatos que ocorreram no período de 64 a 85. E isso marcou a geração. A geração é marcada por isso. E existem companheiros que até hoje dizem assim, 'poxa, nós buscamos a fazer o melhor e levamos pedradas de todas as formas'. Mas por outro lado, quando a gente olha o juramento que nós fizemos, o nosso compromisso é com a nação, é com a pátria, independente de sermos aplaudidos ou não. O que interessa é termos a consciência tranquila de que fizemos o melhor e que buscamos de qualquer maneira atingir esse objetivo. Então, se tiver que haver, haverá. Mas hoje nós consideramos que as aproximações sucessivas terão que ser feitas. Essa é a realidade.

FONTE : http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/09/1919322-general-do-exercito-ameaca-impor-solucao-para-crise-politica-no-pais.shtml



Arbitragem erra e prejudica o Vasco não só na partida de hoje

Opinião: Arbitragem erra e prejudica o Vasco não só na partida de hoje


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O Vasco da Gama fez uma partida correta diante do Corinthians, líder do Campeonato Brasileiro, na cada da equipe paulista. Aplicado taticamente, o time comandado por Zé Ricardo anulou as principais ações do adversário na maior parte da partida, porém, sucumbiu na etapa final.

Com mais volume de jogo, o Timão fez por merecer o resultado positivo, contudo, a maneira como o gol de Jô foi marcado está dando o que falar: com a mão, o camisa 7 do Corinthians empurrou a bola para o fundo das redes de forma irregular, mas o lance não foi assim assinalado pela arbitragem.
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Sem pontuar na 24ª rodada, o Gigante da Colina se manteve com 31 pontos somados, mas caiu da 8ª para a 9ª posição e se viu um pouco mais longe de conquistar uma vaga no G-6 do Brasileirão. A diferença para uma vaga na Libertadores antes de a bola rolar era de 3 pontos, porém agora é de 6 pontos.

O erro da arbitragem ao não assinalar mão na jogada de Jô não foi só determinante para a derrota do time vascaíno na tarde deste domingo (17), ele também atrapalha a equipe carioca na busca por uma vaga na Libertadores do ano que vem. O ponto tirado do Vasco vai fazer falta.
FONTE:Arbitragem erra e prejudica o Vasco não só na partida de hoje


VEJAM O ROUBO NO VÍDEO :




Gilmar Mendes pede vista, e STF suspende análise de denúncia contra políticos do PP

Gilmar Mendes pede vista, e STF suspende análise de denúncia contra políticos do PP


 




O Supremo Tribunal Federal suspendeu nesta terça-feira (12) a análise da denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra políticos do PP após o ministro Gilmar Mendes pedir vista, ou seja, mais tempo para analisar o caso.
Ao todo, sete integrantes do PP foram acusados dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato. Não há data para a retomada do julgamento.
O pedido de vista de Gilmar foi apresentado quando três dos cinco ministros da Segunda Turma do STF já haviam votado para tornar réus pelo menos quatro dos sete acusados.
Relator da Lava Jato na Corte, o ministro Edson Fachin votou para acolher a denúncia contra os deputados federais Luiz Fernando Faria (MG) e José Otávio Germano (RS) e os ex-deputados Mario Negromonte (BA) e João Pizzolatti (SC).
Fachin votou, no entanto, para rejeitar, por ausência de indícios suficientes, as acusações contra os deputados federais Roberto Britto (BA), Mario Negromonte Júnior (BA) e Arthur Lira (AL).
Também votaram na sessão os ministros Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski, que acompanharam parcialmente Fachin. Eles votaram para aceitar a denúncia contra Pizzolatti e Negromonte por corrupção passiva.
Além de Gilmar Mendes, ainda falta votar o ministro Celso de Mello. Somente após o julgamento, com os cinco votos da Segunda Turma, será possível saber quem continuará a responder sobre o caso numa ação penal.

Acusação e defesa

Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), os políticos do PP recebiam propina de empresas contratadas pela Petrobras para sustentar no cargo o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa.
As firmas formavam um cartel e, segundo a denúncia, pagavam 1% de propina sobre contratos fechados com a estatal.
Só entre 2006 e 2014, estima-se que tenham sido desviados da Petrobras R$ 357,9 milhões, divididos entre o grupo do PP, Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef.
O dinheiro era pago em espécie, em contratos falsos com empresas de fachada, inclusive no exterior, e também na forma de doações para campanhas eleitorais.
O julgamento sobre a denúncia no STF começou em 29 de agosto. Na ocasião, os advogados pediram a rejeição da denúncia, sustentando, entre outros argumentos, que a denúncia baseia-se somente na delação de Alberto Youssef, e que as doações eleitorais recebidas eram lícitas, aprovadas pela Justiça Eleitoral.

 

FONTE : https://g1.globo.com/politica/noticia/gilmar-mendes-pede-vista-e-stf-suspende-analise-de-denuncia-contra-politicos-do-pp.ghtml?utm_source=facebook&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar