sexta-feira, 19 de agosto de 2016

2 milhões de alemãs - O Maior estupro em massa da História

2 milhões de alemãs - O Maior estupro em massa da História

















Na foto, mulheres que suicidaram-se em uma praça, para não vivenciarem os estupros.

Aos 80 anos, Gabriele Köpp tem problemas com sono, por vezes, simplesmente não consegue comer. Aos 15 anos, ela foi repetidamente violada por soldados soviéticos, sendo virgem e não tendo nenhum conhecimento prévio sobre o sexo.

A revista "Spiegel" escreve que não existem os dados exatos sobre a quantidade de mulheres alemãs violadas pelo exército soviético, o número que aparece em várias publicações aponta para dois milhões de mulheres (2.000.000). Segundo a investigação do Dr. Philipp Kuwert, especialista de traumas e chefe do Departamento de Psiquiatria e Psicoterapia do Hospital universitário de Greifswald, a idade média das vítimas de violações soviéticas era de 17 anos e cada mulher foi violada em média 12 vezes. Quase metade das vítimas possui síndromes pós – traumáticos, incluindo os pesadelos, tendências de suicídio, anestesia emocional. Cerca de 81% destas mulheres adquiriram o efeito negativo direto sobre a sexualidade.

A historiadora Birgit Beck-Heppner escreve que os soldados soviéticos usavam as violações para intimidar as populações alemãs, mostrando que o seu governo e exército já não lhes conseguiam garantir a segurança. Por isso, muitas destas violações eram executados em público (!).

Em 1945, os soviéticos foram os primeiros a chegar em Berlim. Mesmo após a rendição da Wermacht e dos Nacional-Socialistas, o sofrimento do povo alemão parecia não ter fim. Os soldados do Exército Vermelho invadem casas, arrancam mães e filhas de suas famílias e as estupram em praça pública, algumas foram estupradas várias vezes por grupos de até 10 soldados. Mais de 2 milhões de mulheres alemãs foram estupradas só em 1945, desde crianças de 8 anos à idosas de 80.

A “doença russa”

Gabriele Köpp lembra na conversa com o jornalista da "Spiegel" que a sua menstruação parou por completo durante os 7 anos. Naquela época era um sintoma bastante comum entre as alemãs e era chamado pelos ginecologistas de “doença russa”.

Quanto Gabriele Köpp é perguntada se conheceu o amor, se teve alguma vez as relações sexuais, ela responde: “Não, não tive nada disso. Para mim existia apenas uma coisa – a violência”.

A culpabilidade dos aliados e a tentativa de abafar o assunto

O estupro em massa das mulheres em Berlim foi negado pelos países aliados (E.U.A, Inglaterra, França, União Soviética, etc;) pois conflitavam com a imagem de "vitoriosos civilizados e libertadores da opressão" que queriam passar para a opinião pública mundial. Porém, esse tabu foi quebrado quando Austin J. App, professor de língua inglesa na Catholic Univesity abordou esse tema embaraçoso (para os aliados, é claro!) em seu livro  "Ravishing the Women of Conquered Europe" publicado em Abril de 1946. Na sequencia Antony Beevor também publicou o livro "Berlim: The Downfall, 1945" ("Berlim: A queda, 1945"), abordando o mesmo tema. Alguns relatos eram tão aterradores que o autor, prudentemente publicou apenas em seu site (www.antonybeevor.com). Ingrid A. Rimland também ecoou os gritos das alemãs estupradas nesse fatídico e vergonhoso episódio da guerra chaamndo o governo dos E.U.A à responsabilidade pois muitos desses estupros foram cometidos por soldados norte-americanos*.


(*) Principalmente, pela divisão de soldados negros do exército estadunidense, em breve postaremos o artigos somente sobre o assunto - NT.


Muitos historiadores creditam essa postura animalesca dos soldados aliados (notadamente dos soviéticos) ao anti-germanismo em vigor na Europa, alimentado desesperadamente e imprudentemente pela imprensa aliada. Pois a Alemanha não fora o único país a sofrer esses tipos de danos. Porém, nesse panorama vergonhoso, alguns testemunhos relatam a ainda a tentativa disciplinar de alguns poucos oficiais que tentavam manter a ordem. Dentre os testemunhos está o de um general soviético que matou um tenente, seu comando, ao flagrá-lo organizando uma fila de mais de 10 soldados para estuprar uma mulher alemã, já deitada no chão.


Registros da Igreja Católica relatam que num convento da cidade de Neisse, na Silésia, 182 freiras foram estupradas, seguidas vezes, pelos soldados aliados. Numa outra cidade alemã, 66 freiras engravidaram após seguidos estupros por parte dos invasores. Até mulheres russas que estavam prisioneiras, judias e de outras etnias em campos de concentração foram estupradas impiedosamente pelos seus próprios "libertadores".


Em Berlim, desesperadas por uma situação que não parecia ter fim, muitas mulheres alemãs se jogaram dos prédios em ruínas, preferindo a morte. Outras com filhos para criar, preferiam "contar com a proteção" de algum oficial aliado de alta patente, para acabar com o ciclo de estupro em série a que eram submetidas diariamente pelos soldados. Aquelas que engravidaram e tiveram filhos, frutos dos estupros em série a que foram submetidas ainda tiveram, com certeza, que suportar o repúdio moral e social.


A Arte alemã se expressando como deveria ser


Em 23 de Outubro de 2008 foi lançado na Alemanha o filme "Anonyma - eine Frau in Berlim" (Anônima -  Uma Mulher em Berlim) baseado no livro de mesmo nome, escrito por Marta Hiller, alemã que sofreu entre 20/04/45 a 22/06/45, aos 31 anos, os horrores da Segunda Guerra Mundial quando vivia em Berlim, capital da Alemanha. O livro, é um relato perturbador sobre os abusos sexuais sofridos pelas mulheres da Alemanha em 1945. Marta foi uma das centenas de milhares de mulheres berlinenses, entre adolescentes, adultas e idosas, que sofreram estupros em série quando os soldados soviéticos invadiram Berlim, a capital do III Reich. Seus relatos são corroborados pelos da jornalista russa Natalya Gesse, então correspondente de guerra em Berlim, hoje aposentada.


Quando se trata do tema, muitos pesquisadores tendem a afirmar que esse comportamento deve-se a situação de extremo estresse durante a guerra, longos períodos de abstinência sexual, agravada por pressão psicológica constante....etc; Até então, algo conhecido e óbvio, mas duas coisas têm que ser bem esclarecidas pelos que se dizem "especialistas conceituados": 1 - Se a estratégia de guerra aliada realmente não estivesse interessada em fazer vista grossa total sobre as ações descontroladas e indisciplinadas que ocorriam com os civis alemães, principalmente suas mulheres, tais fatos não teriam acontecido, pelo menos não em tão larga escala escancarada. 2 - Tais motivos para o comportamento do combatente estão presentes em todos as guerras, nem por isso, tais atitudes são cometidas, não sendo por um outro e potencial fator, a extrema propaganda de guerra que chegava a níveis de uma lavagem cerebral....tal como hoje. - NT.


Mais de 240.000 mulheres morreram neste período,sendo mais de 100.000 em Berlim. Após o verão de 1945, os soldados soviéticos flagrados cometendo tal ato recebiam punições de enforcamento ou prisão.

Entretanto, os estupros continuaram até 1948, quando a Alemanha finalmente recuperou sua estrutura política e os soldados da União Soviética e aliados estavam apenas em postos de guarda, separados da população civil.


Fonte:


Recanto das Letras


Wikipédia


Mídia Inversa


Veja Também:


O calvário das viúvas da ocupação


A mulher no Terceiro Reich


O Plano Morgenthau, um genocídio alemão (PARTE I)


Adolf Hitler, Discurso as mulheres em 1936

Lula é retratado como herói nos livros



7 exemplos de como Lula é retratado como herói nos livros didáticos brasileiros

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Em meio às discussões envolvendo o Projeto Escola Sem Partido (PLS 193/2016, PL 1411/2015 e PL 867/2015), que promete combater o que os seus autores entendem como manipulação ideológica em sala de aula, não são raros os casos de obras didáticas de história e geografia, disponibilizadas a milhões de estudantes do ensino médio e fundamental da rede pública de ensino, prestando homenagens a um super-herói da vida pública brasileira: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Há inúmeros casos estapafúrdios, como no livro “História para o Ensino Médio”, da Editora Saraiva, adotado em todo país. Nele, entre outras peças de propaganda, os escândalos dos governos petistas são encarados como meros conchavos de oposição.
“O caso conhecido como ‘mensalão’, amplamente explorado pela imprensa liberal de oposição ao petismo, foi a denúncia mais grave do período. O PT foi acusado de organizar um esquema de compra de parlamentares para apoiar os projetos do governo, e a denúncia tomou a proporção de um escândalo sem precedentes. Os setores conservadores da sociedade e da imprensa passaram a atacar o governo diuturnamente”.
A história se repete outras tantas vezes. Para os autores do livro “Caminhos do Homem”, da editora Base Editorial, por exemplo, o governo Lula foi um tremendo sucesso. Para eles, “os grandes avanços obtidos em várias áreas” e a “ampliação de programas sociais que favorecem os mais pobres” são “indicadores amplamente positivos do governo Lula” – por isso, suas duas vitórias eleitorais “simbolizaram a vitória de um projeto social alternativo para a consolidação da cidadania plena no país”. 
Nem o Plano Real, capitalizado politicamente pelo maior adversário político de Lula, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, escapa. No livro “Novo Olhar História”, da editora FTD, por exemplo, o trecho que fala sobre o plano econômico já traz no título um olhar tendencioso: “Plano Real e seus custos sociais”.
Os exemplos são inúmeros. Abaixo, separamos outras 7 vezes em que Lula entrou para os livros didáticos brasileiros como um super-herói (e como seus adversários são os arqui-inimigos do país).

1.  “História e Vida Integrada”

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O livro “História e Vida Integrada” é um best seller do mercado de livros didáticos do país. Publicado pela Editora Ática, com autoria dos irmãos Nelson Piletti e Claudino Piletti, é destinado ao alunos do 9º ano do ensino fundamental (a antiga 8º série).
Livros didáticos aprovados pelo Ministério da Educação para alunos do ensino fundamental trazem críticas ao governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e elogios à gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma das exigências do MEC para aprovar os livros é que não haja doutrinação política nas obras utilizadas.
Em seu capítulo 19, o livro enumera problemas do governo FHC, como crise cambial e o apagão, e traz críticas às privatizações. No item “Tudo pela reeleição”, os autores citam denúncias de compra de votos no Congresso para a aprovação da emenda que permitiu a permanência do tucano no posto mais alto do país. O fim da gestão FHC aparece no tópico “Um projeto não concluído”, que lista dados negativos do governo.
A análise sobre Lula é completamente diferente. O livro cita a “festa popular” da posse e diz que o petista “inovou no estilo de governar” ao criar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. O escândalo do mensalão é citado ao lado de uma série de dados positivos.
O professor Claudino Piletti, coautor do livro, concorda que sua obra é mais favorável ao governo Lula. “Não tem o que contestar”, afirmou à Folha.
Claudino se desculpou dizendo que é responsável pela parte de história geral da obra e que a história do Brasil ficou a cargo de seu irmão, Nelson. Claudino assumiu que critica o irmão pela tendência pró-Lula e vai tentar convencê-lo a mudar a obra.
“Não dá para ser objetivo. O professor de história tem suas preferências, coloca sua maneira de pensar. Realmente ele [Nelson] tem esse aspecto, tradicionalmente foi ligado à esquerda e ao PT”, disse Claudino.
Nelson Piletti já foi candidato a deputado federal pelo PT.

2. “História em Documento”

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O livro “História em Documento”, da historiadora Joelza Ester Domingues, foi publicado em 2007, pela Editora FTD. Na obra, que também é destinada aos alunos do 9º ano do ensino fundamental, ao analisar a eleição de FHC, a autora afirma que foi resultado do sucesso do Plano Real e acrescenta:
“Mas decorreu também da aliança do presidente com políticos conservadores das elites”. 
Um quadro explica o papel dos aliados do tucano na sustentação da ditadura militar. Quando o assunto é o governo Lula, a autora – que diz ter sido imparcial – inicia com a luta do PT contra a ditadura (sustentada pelos aliados de FHC) e apenas cita que o partido fez “concessões” ao fazer “alianças com partidos adversários”.
Assim como “História e Vida Integrada”, o livro “História em Documento” foi aprovado pelo MEC em 2009. À época, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que os livros eram imparciais e que tinham passado por seleção rigorosa.

3. “Estudos de Geografia”

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O livro “Estudos de Geografia”, dos professores James Onnig e Ivan Lazzari Mendes, editado pela Saraiva, chamou a atenção do deputado federal, e delegado da PF, Fernando Francischini. Segundo ele noticiou em suas redes sociais no ano passado, ao estudar com seu filho o conteúdo do livro, teve uma surpresa: o livro era uma propaganda escancarada de Lula (e um manifesto de oposição aos seus adversários políticos).
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O deputado postou as imagens acima, com algumas páginas do livro, em seu perfil no Facebook.

4. “História Geral e do Brasil”

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Publicado pela Editora Spicione, o livro “História Geral e do Brasil”, dos historiadores Gianpaolo Dorigo e Cláudio Vicentino, pinta os mesmos quados comparativos. Nele, o PSDB é um partido “supostamente ético e ideológico” e os anos de Fernando Henrique foram tempos de desemprego, de “compromissos com as finanças internacionais”, em que “o crime organizado expandiu-se em torno do tráfico de drogas, convertendo-se em verdadeiro poder paralelo nas favelas”. E mesmo “dentro das prisões”, transformadas em “centros de gerenciamento do tráfico e do crime organizado”, acrescentam os autores.
O livro critica a prioridade “da poupança externa”, em detrimento da interna, durante o governo FHC. Para fundamentar sua postura, os autores citam o historiador americano marxista Perry Anderson, que teria qualificado a medida de “ingênua e provinciana”.
FHC fez alianças com “um partido supostamente ético e ideológico, o PSDB, e outros partidos supostamente fisiológicos, PFL, PMDB e PTB”.
A abordagem em torno do governo Lula, no entanto, é bem diferente. Os autores destacam a ascensão do PT ao governo, “um partido considerado de esquerda”. Para eles, a “observação de sua prática administrativa” constituíram “importante aprendizado político”.
O livro termina apresentando a tensão entre o Brasil “pessimista”, dos anos FHC, com os anos “otimistas” de Lula, e conclui com um prognóstico:
“As boas notícias nos últimos anos indicavam que talvez os anos do pessimismo a toda prova já tenham passado e, nesse caso, pode ser o momento do não negativo como um novo paradigma para o Brasil”.

5. “Projeto Coopera História”

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O “Projeto Coopera História”, do PNLD 2016, é direcionado aos alunos do 5º ano do ensino fundamental e também não escapa da análise maniqueísta em torno dos recentes governos presidenciais. Sobre o primeiro mandato de FHC os autores dizem que:

“O programa de privatizações continuou de forma acelerada; entre as estatais vendidas incluíram-se empresas de telecomunicações, energia elétrica, mineração e setor financeiro.”

No livro do professor há a seguinte recomendação de acréscimo:
“Como exemplo de privatização, é possível citar a venda da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) e a divisão do sistema Telebrás.”
O livro elege e enumera outros pontos negativos do governo além da venda de estatais: apagão de energia, aumento das dívidas interna e externa, crescimento do desemprego, desigualdade na distribuição de renda, corrupção no processo da reeleição e favorecimento aos grupos financeiros.

Ao falar dos governos Lula, no entanto, a abordagem é bem diferente:
“Ele foi o primeiro presidente originário das camadas mais pobres da população.”
Em seguida, diz que o maior desafio dele foi combater a miséria e o desemprego. Para tanto, “buscou garantir à população mais carente direitos essenciais.”

Além de oferecer “bolsas de estudo para jovens pobres em universidades particulares”, o presidente Lula combateu a seca na região Nordeste e promoveu a integração nacional.

E no último parágrafo, afirma que “o governo Lula teve como principais marcas a retomada do crescimento do país, a redução da pobreza e da desigualdade social, a estabilidade econômica, o fortalecimento do país nas relações internacionais.”

O livro do professor, como subsídio argumentativo sugere ao professor “comentar com os alunos que o Bolsa Família ajudou, de certa forma, na educação e na saúde das crianças, pois as famílias beneficiadas pelo programa eram obrigadas a manter os filhos na escola e levá-los aos postos de vacinação.”
Sobre os escândalos de corrupção, o livro desdenha:
“Alguns escândalos políticos prejudicaram a imagem do governo, no entanto os bons resultados obtidos possibilitaram que, em 2006, Lula fosse reeleito para seu segundo mandato.”
Dilma, por sua vez, é apresentada como “a primeira mulher presidente do país” (o negrito é do próprio livro, para marcar a importância do acontecimento). Na comparação com o governo Lula, seu governo possibilita a continuidade dos programas sociais como o Bolsa Família e ainda acrescenta outros. Ela também é retratada como alguém que aumentou o nível de emprego e o valor do salário mínimo; diminuiu o desmatamento da Amazônia; reduziu a pobreza, as desigualdades sociais e a mortalidade infantil.
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Os autores também procuram isentar a presidente Dilma dos pontos negativos de seu governo, creditando-os às circunstâncias de percurso. A queda no crescimento do país, por exemplo, é em virtude da crise mundial – e não por políticas econômicas equivocadas – e pela demissão de ministros envolvidos em corrupção. 

No livro do professor, há uma orientação para o professor:

“Comentar com os alunos que, o Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, em 2014 se conseguiu no Brasil a primeira geração de crianças sem fome, quebrando o ciclo de pobreza que há séculos domina a história do país.”

O livro é direcionado para crianças na faixa dos dez anos de idade.

6. Vestibular da Universidade Federal do ABC



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Em 2013, Lula recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade Federal do ABC.

A Universidade Federal do ABC foi escolhida para ser o carro-chefe da propaganda em torno dos projetos de expansão das universidades federais durante os governos Lula e Dilma. Criada por Lula, em 2005, no seu berço político, a região do ABC, a instituição virou uma espécie de “queridinha” do ex-presidente.
Desde seu nascimento, no entanto, a instituição não escapa do proselitismo político. Logo em seu primeiro vestibular, em 2006, a UFABC apresentou textos com apoio ao presidente Lula.
“A prova é uma propaganda para o governo Lula”, afirmou na época o professor de história da UFSCar, Marco Antonio Villa. “No que diz respeito ao país, foram escolhidas apenas notícias positivas.”
Em discussão no vestibular, a auto-suficiência do país em petróleo, a diminuição das queimadas no interior paulista e o aumento da expectativa de vida dos brasileiros. A prova usou como base notícias publicadas pela imprensa.
Numa questão, o candidato deveria “analisar” o convite das centrais sindicais CUT e Força Sindical para a comemoração do Dia do Trabalho.
O selo da CUT dizia: “Valorize o emprego e a ampliação dos direitos”. Segundo o gabarito oficial, a resposta era a que afirmava que “a CUT defende o emprego e a reeleição de Lula à Presidência da República”.
“A resposta faz uma defesa da CUT e uma ligação subliminar entre a reeleição do presidente e a luta pelo emprego”, afirmou o professor de história Ciro de Moura Ramos. “É uma questão ideológica, imperdoável”.
O vestibular foi feito pela Vunesp, que negou que a prova tivesse qualquer apoio à gestão Lula.
Em 2013, Lula recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade Federal do ABC.

7. “Estudos de História”

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Outra obra que possui viés maniqueísta da história é o livro “Estudos da História”, da editora FTD. Como conta Fernando Schüler cientista político, professor e doutor em filosofia:
“No livro Estudos de História, da Editora FTD, por exemplo, nossos alunos adolescentes aprenderão o seguinte sobre o governo de Fernando Henrique: era neoliberal (apesar de “tentar negar”) e seguiu a cartilha de Collor de Melo; os “resultados dessas políticas foram desastrosos”. Na sua época, havia “denúncias de escândalos, subornos, favorecimentos e corrupção” por todos os lados, mas “pouca coisa se investigou”.
Nossos alunos saberão que “as privatizações produziram desemprego”, e que o país assistia, naqueles tempos, ao aumento da violência urbana e da concentração de renda e à “diminuição dos investimentos”. E que, de quebra, o MST pressionava pela reforma agrária, “sem sucesso”.
Na página seguinte, vem a luz. Ilustrado com o decalco vermelho da campanha “Lula Rede Brasil Popular”, o texto ensina que, em 2002, “pela primeira vez” na história brasileira, alguém que “não era da elite” é eleito presidente. E que, graças à “política social do governo Lula”, 20 milhões de pessoas saíram da miséria. Isso tudo faz a economia crescer e, como resultado: “telefones celulares, eletrodomésticos sofisticados e computadores passaram a fazer parte do cotidiano de milhões de pessoas, que antes estavam à margem desse perfil de consumo”.
Lendo isto, me perguntei se João Santana, o marqueteiro do PT, por ora preso em Curitiba, escreveria coisa melhor, caso decidisse publicar um livro didático.”
Não resta dúvida: ainda há muita coisa que os nossos marqueteiros políticos precisam aprender com os autores dos livros didáticos tupiniquins. Neles, um super-herói com o poder de discursar em palanques eleitorais reina absoluto. Como se tudo não passasse de uma saga em quadrinhos.

Fonte :
http://spotniks.com/7-exemplos-de-como-lula-e-retratado-como-heroi-nos-livros-didaticos-brasileiros/